quinta-feira, 23 de junho de 2011

Meningococos


Causas: É uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus ou por bactéria, a qual é a mais comum. 

Sintomas: A doença meningocócica evolui em três etapas: nasofaríngea, septicêmica ou meningococcêmica e meningítica. A fase nasofaríngea é normalmente pouco sintomática mas é o ponto de partida para as formas evolutivas da doença. Os sinais gerais são: febre, mal-estar, falta de apetite, náuseas e vômitos. A fase septicêmica ou miningococcêmica caracteriza-se pelo aparecimento de febre, calafrios, dores musculares e toxemia. Geralmente, aparecem lesões cutâneas purpúricas.
O último estágio evolutivo da infecção é a meningite meningocócica, em que ocorre inflamação das meninges, com fortes dores de cabeça, dores no pescoço e nas costas, rigidez na nuca, confusão mental, etc. o corpo assume posturas de defesa contra a dor, para evitar o estiramento doloroso dos nervos que saem da medula espinhal. 

Prevenção: Existem vacinas contra a meningite, mas, como apresentam algum tipo de problema, nenhuma delas é amplamente utilizada.Todas protegem apenas contra o meningococo do tipo B e não são eficientes em crianças com menos de quatro anos, justamente as que mais necessitam. 
Então, o melhor jeito de previr é a utilização de pratos, talheres e copos bem lavados; dar preferência a utensílios descartáveis; evitar ambientes abafados onde há aglomerações de pessoas; isolamento dos doentes em hospitais especializados. 

Tratamento: O tratamento, muito demorado pela dificuldade de se fazerem os antibióticos atingirem as meninges, é feito com penicilina, tetraciclina e cloronfenicol.

Segurança e eficácia das vacinas

De um modo geral, as vacinas produzidas nos países desenvolvidos são cada vez mais seguras. A fabricação de vacinas respeita normas internacionais que dão garantia de segurança e boa tolerância.


A capacidade protetora das vacinas é objeto de estudo antes destas serem colocadas no mercado. A vacina é experimentada num grupo de animais não-humanos susceptíveis ao agente infeccioso e o seu efeito protetor é estudado, por comparação com um grupo de animais não vacinados, quando os dois grupos são expostos ao agente. Este tipo de estudos permite averiguar a dose mínima capaz de induzir proteção e de normalizar a composição da vacina. Numa fase mais avançada, a vacina é também experimentada em voluntários humanos. Investiga-se a resposta imune (anticorpos produzidos e sua titulação) e as variações individuais na resposta à vacina.


A eficácia de uma vacina depende desta ser corretamente transportada, armazenada e administrada. Por exemplo, devem ser respeitados os prazos de validade e as vacinas devem ser transportadas e armazenadas em geral entre 0 e 8ºC, usando malas isotérmicas e frigoríficos. Devem também ser protegidas da luz solar. Por uma questão de precaução, os frigoríficos ou arcas usados para armazenamento devem estar munidos de termômetro e circuito elétrico alternativo ao circuito principal.




http://webpages.fc.ul.pt/~mcgomes/vacinacao/vacinas/index.html
http://www.ciat.com.br/eficacia.htm

Porque é difícil fazer vacina para doenças virais?

Essa dificuldade é devido a capacidade de mutação dos vírus.
 Mas como funcionam os vírus mutantes?

Vacina Anti-varicela

Catapora (ou varicela) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune por toda a vida.

Sintomas: Febre, mal estar, perda do apetite, dor de cabeça, manchas parecidas com picadas de inseto, bolhas, feridas e crostas ressecadas.

Tratamento: O tratamento consiste no abrandamento dos sintomas, a cura se faz por reação do próprio organismo.

Prevenção: A vacina contra varicela é recomendada após o primeiro ano de idade em dose única. Os adolescentes suscetíveis necessitam 2 doses.

OBS: Esta vacina só é encontrada em clínicas particulares e sua eficácia é estimada em 80% a 90%.


Cientistas produzem vacina contra todas as variações da gripe

Reportagem da revista Exame, publicada também no site: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cientistas-produzem-vacina-contra-todas-as-variacoes-da-gripe




Londres - Cientistas da Universidade de Oxford (Reino Unido) constataram a eficácia de uma vacina contra a gripe que poderia funcionar contra todas as variações do vírus.

A pesquisa é inovadora porque o tratamento, ao contrário dos empregados até agora, ataca diferentes partes do vírus, o que faz com que não seja necessário produzir a cada temporada novas variações da vacina.
Segundo os detalhes adiantados nesta segunda-feira pelo jornal "The Guardian", a equipe dirigida pela doutora Sarah Gilbert, do Jenner Institute da Universidade de Oxford, centrou seu trabalho nas proteínas do interior do vírus da gripe - que são as mesmas em todas as cepas - e não nas da camada externa, que podem sofrer mutações.
"O problema com a gripe é que tem uma grande quantidade de variantes que mudam de maneira constante", manifestou Adrian Hill, diretor do Jenner Institute, que lembrou que quando aparece uma nova cepa à qual os seres humanos não são imunes os cientistas não conseguem produzir a tempo uma vacina eficaz.
Isto é o que ocorreu nos últimos anos com a recente pandemia de gripe A ou a anterior de gripe aviária.
As vacinas tradicionais empregadas atualmente fazem com que o organismo crie anticorpos, mas esta nova vacina dispara o número de linfócitos T ou células T, que são elementos fundamentais do sistema imunológico.
Na pesquisa, 22 voluntários foram infectados com a cepa Wisconsin do vírus da gripe H3N2, isolado desde 2005. Destes, 11 haviam tomado a vacina e outros 11 não.
O resultado foi contundente: a vacina funcionou nas 11 pessoas que a receberam e mostraram um maior nível de ativação dos linfócitos T, responsáveis por combater o vírus.
Os autores da pesquisa destacaram que uma vacina universal economizaria muito tempo e dinheiro, já que o processo de desenvolver uma vacina contra cada gripe significa, pelo menos, quatro meses de trabalho e um investimento milionário.
Além disso, se a variação da gripe for altamente patógena - como ocorreu em 1918 com a morte de milhões de pessoas - o atraso na obtenção da vacina seria fatal.
"Se empregássemos a mesma vacina de maneira regular, seria como vacinar contra qualquer outra doença, como o tétano. Se transformaria em uma rotina. Não teríamos drásticas mudanças na demanda nem problemas de provisão", manifestou Sarah.
A equipe da doutora Sarah considera que este avanço será especialmente positivo para as pessoas mais velhas.